Uma pesquisa realizada pela Spring Professional revelou que 19% das empresas continuaram contratando normalmente durante a crise econômica causada pelo novo coronavírus.
Por outro lado, 67% das organizações afirmaram que pretendiam retomar o recrutamento apenas depois da pandemia. O ponto aqui é: o que mudou no processo seletivo das organizações durante o período de distanciamento social?
Nem todo mundo tinha consciência de que a COVID-19 causaria tantas mudanças no nosso dia a dia de trabalho. Além disso, também não se imaginava que a doença permaneceria por tanto tempo em nosso país.
Por isso, foi necessário que as empresas se adaptassem à nova realidade para que não ficassem para trás e continuassem suas operações mesmo durante esse período turbulento.
Todas as áreas sofreram e muitos experimentaram pela primeira vez o home office. Ao mesmo tempo, o RH também sofreu diretamente o impacto da pandemia. Precisou remodelar a maneira que atua no processo seletivo de novos talentos, treinamentos, onboarding etc.
Quem já contava com o auxílio próximo da tecnologia no dia a dia não foi tão impactado. No entanto, se o RH da sua empresa ainda não tinha aderido aos processos e ferramentas digitais, com certeza a transformação precisou (ou precisa) ser mais intensa.
Não sabemos quando a pandemia vai acabar, portanto, não podemos esperar o seu fim para voltarmos ao ritmo normal de trabalho. Por mais que o plano inicial de muitas empresas fosse voltar a contratar só depois que o coronavírus chegasse ao fim, hoje já percebemos que essa não é mais a realidade de todos no mundo empresarial.
Para ajudar quem está vivenciando as transformações no que diz respeito aos processos seletivos, estruturamos este artigo completo sobre o assunto.
Por aqui, você entenderá como criar um processo seletivo eficaz para os tempos de pandemia.
O primeiro ponto sobre o qual precisamos nos aprofundar é simples: como o trabalho remoto influencia no processo seletivo das empresas?
A mudança de mentalidade do RH precisa acontecer para ontem, ou seja, o mindset digital deve fazer parte do dia a dia desses profissionais. Só assim será possível readaptar o que, antes da pandemia, dependia totalmente da presença física, do olho no olho.
Como tudo na vida, aquilo que não conhecemos gera certo estranhamento no início, mas assim que passa a fazer parte da nossa rotina, fica tudo bem. O mesmo acontece com a digitalização dos processos seletivos.
Por mais que seja uma mudança drástica para algumas empresas, é necessária. No final do dia vai otimizar tempo e, se bem feito, atrair ótimos talentos.
A partir de agora, portanto, todas as etapas de recrutamento que dependiam de contato presencial passam para o mundo digital. Apesar dos benefícios, essa dinâmica traz novos desafios também, entre eles:
Entender os desafios do recrutamento de novos talentos online é importante, mas não podemos nos esquecer dos grandes benefícios dessa maneira de trabalhar. Conheça, em seguida, as principais vantagens!
Um dos principais e mais atrativos benefícios do processo seletivo remoto é que os custos são menores tanto para a empresa como para os candidatos.
Do lado da organização, deve ocorrer uma otimização de tempo por conta do auxílio da tecnologia e softwares. Isso impacta na produtividade e, portanto, a balança financeira. Por outro lado, os candidatos não precisam se locomover para realizarem testes e entrevistas.
Ao precisar ir presencialmente até a empresa, podem ocorrer maiores conflitos de agenda para dar continuidade ao processo seletivo. Quando se faz tudo online, acaba sendo mais fácil casar as datas e horários.
Por fim, outro benefício interessante do recrutamento totalmente online é que ele elimina barreiras geográficas. Isso significa que a atração de talentos deixa de se limitar apenas à cidade onde fica a sede do escritório da empresa.
O trabalho remoto possibilita que o RH vá atrás de bons profissionais em vários cantos do país e enriqueça os times com talentos da organização. Assim, amplia-se o leque de oportunidades, encontrando pessoas qualificadas com maior facilidade.
Enfim, chegou a hora de compreender quais etapas não podem ficar de fora do seu planejamento para a reestruturação dos processos seletivos em tempos de trabalho remoto e pandemia.
Confira, em seguida, as dicas que selecionamos para o seu RH ir além nesse contexto e aplicar as mudanças no recrutamento.
Antes de sair estruturando novos processos tecnológicos no seu RH, vale refletir sobre a estratégia de employer branding. Esse conceito diz respeito a um conjunto de ações que têm como objetivo criar e manter uma imagem positiva de marca para os atuais e potenciais colaboradores da sua empresa.
Contextos de mudanças, como o da pandemia do coronavírus, fazem com que as empresas olhem para si mesmas com uma postura mais questionadora.
Nesse momento, por exemplo, os profissionais estão em busca de empresas com uma proposta de valor ligada ao bem-estar e segurança pessoal. Para que a sua organização se destaque e seja realmente atrativa, é importante repensar como ela está se posicionando.
Nessas horas, é necessário falar sobre benefícios flexíveis, trabalho remoto, treinamentos online e outros temas que são de interesse de quem está em busca de um dia a dia estável e saudável em meio à pandemia.
Para essa comunicação, não se esqueça de que uma abordagem humana, sincera e empática faz a diferença. Lembre-se de que para atrair bons talentos, criar e fortalecer a imagem da sua empresa é essencial.
O trabalho remoto traz também novos desafios. Há uma grande diferença entre trabalhar diariamente em um escritório ao lado dos colegas e trabalhar sozinho em casa.
As adversidades não são as mesmas e, portanto, um dos pontos que deve mudar no recrutamento é a avaliação das habilidades dos candidatos.
Mais do que nunca, as soft skills e competências relacionadas ao trabalho remoto precisam ser analisadas. É preciso garantir que o profissional contratado conseguirá se adaptar ao novo formato de trabalho juntamente dos desafios que a empresa está enfrentando.
Considere uma nova matriz de competências a serem avaliadas, entre elas, inteligência adaptativa, resiliência, comunicação, empatia etc.
As descrições das vagas em aberto também necessitam de uma atenção especial. Agora é a hora de deixar claro se a sua empresa está ou não trabalhando de maneira remota e se pessoas de outras cidades/estados podem se candidatar.
Para quem não sabe, a inteligência artificial é uma ferramenta que facilita a tomada de decisões por meio do uso de dados. Está presente no nosso dia a dia em softwares de processamento de voz e de reconhecimento de imagens, por exemplo.
No recrutamento, I.A promove uma evolução em métodos operacionais com o objetivo de tornar o RH mais estratégico, ágil e eficiente. O resultado, portanto, é a conexão entre a empresa e os melhores talentos, reduzindo as chances de erros de contratação.
Para que você tenha uma ideia de como funciona na prática, a I.A reduz burocracias e etapas longas, levando tudo para o mundo digital de forma muito mais eficiente.
Estamos falando sobre softwares que analisam os currículos, fazendo uma triagem inteligente, além de sistemas de aplicação de testes online e análise de competências.
Por fim, uma matéria da Forbes levantou como a I.A poderá impactar os processos seletivos das empresas. Entre os benefícios, podemos citar:
Na China, assim que a pandemia começou a afetar a rotina do país foram adotadas algumas medidas em relação ao recrutamento das empresas. A Alipay, por exemplo, lançou uma feira virtual de empregos com 60 mil empregadores.
Os candidatos podiam acessá-la para conhecer as empresas e oportunidades, enviando currículos de maneira remota. Enfim, o resultado foi muito positivo: mais de 1 milhão de pessoas encontraram oportunidades de emprego flexíveis.
Vale entender como adaptar ações como essa para a realidade da sua empresa, afinal, as feiras virtuais são muito eficazes para o momento que estamos vivendo. Além disso, pode ser que sejam uma tendência com ótimo custo-benefício mesmo após a pandemia. Entre seus benefícios, podemos citar:
Antes do coronavírus, a maioria das entrevistas ainda era feita presencialmente. Agora, no entanto, o formato virtual virou regra e se tornou uma peça-chave essencial ao longo do processo seletivo.
É interessante saber que nesse caso, existem várias possibilidades! É possível realizar entrevistas ao vivo individuais ou em grupo. No entanto, também existe a modalidade pré-gravada, em que o recrutador deixa algumas perguntas prontas gravadas para que o candidato assista e responda.
Outra ferramenta interessante para se utilizar ao longo das etapas de recrutamento é a gamificação, que utiliza elementos de jogos em contextos que não se resumem a entretenimento.
Nos processos seletivos, o RH já vem utilizando essa técnica há algum tempo, mas agora com o cenário da pandemia ela pode ser ainda melhor trabalhada.
Para entender melhor como a gamificação funciona na prática, saiba que existem várias maneiras de utilizar essa ferramenta no momento do processo seletivo.
Alguns exemplos são: quiz para avaliar conhecimentos dos candidatos ou jogos que simulem vivências semelhantes à realidade do seu colaborador. É, portanto, uma forma muito interessante de se analisar o perfil do candidato por meio de dados e algoritmos.
Por fim, mas não menos importante, precisamos falar do onboarding, que se trata de um conjunto de ações que têm como objetivo adaptar e capacitar os profissionais que acabaram de chegar em uma empresa.
Também de responsabilidade do RH, o onboarding faz parte do processo de contratação de um funcionário, afinal, é o momento em que ele vai mergulhar totalmente na nova realidade.
O grande desafio dos profissionais de RH tem sido adaptar esse mergulho para o mundo virtual. Afinal, imagine só que estranho pode ser começar a trabalhar em uma empresa sem nem conhecer pessoalmente seu time?
Para ultrapassar as adversidades, é preciso traçar uma estratégia de ações consistente que seja capaz de gerar um clima agradável para os recém-chegados.
O onboarding virtual nunca será como o presencial, mas é possível proporcionar uma boa experiência se ele for bem executado e se o RH tiver o suporte dos gestores que estão recebendo os novos colaboradores.
Gostou deste artigo? Para mais informações sobre como seu RH pode trabalhar durante a pandemia, inclusive cuidando melhor de seus novos colaboradores, acompanhe os artigos do Vittude Corporate!
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