Quando você ouve falar em inteligência emocional já pensa em Daniel Goleman? Isso é porque ele foi o responsável pela popularização deste termo que, hoje em dia, já está bastante disseminado e, por isso, boa parte das pessoas sabe como é importante desenvolver tal habilidade.
Tempos atrás, pensávamos que bastava o conhecimento técnico para se dar bem na carreira e ter o tão almejado sucesso. Com o passar dos anos, estudos apontaram que não era bem assim e, cada vez mais, as empresas estão valorizando as habilidades comportamentais.
Uma pesquisa do PageGroup apontou que as habilidades comportamentais mais requisitadas pelos líderes das grandes empresas da América Latina são:
Quando afunilamos para analisar apenas no Brasil, a inteligência emocional passa a ocupar o primeiro lugar neste ranking.
Com tudo isso em mente, fica claro que se trata de uma habilidade que não pode mais ser deixada de lado. Mas para entender melhor sobre o assunto e como a inteligência emocional é importante na gestão de crises, leia este artigo até o final.
O termo inteligência emocional foi utilizado pela primeira vez em 1966, em documentos do americano Hanskare Leuner. Tais estudos foram aprofundados em 1990, quando Peter Salovey e John D. Mayer publicaram o artigo “Emotional Intelligence”. Mas, novamente, voltamos a Daniel Goleman, pois foi ele o responsável por popularizar o termo ao publicar o livro “Inteligência Emocional”, em 1995.
E foi assim que mais pessoas passaram a estudar e se aprofundar neste conceito que, hoje, já é conhecido pelo mundo todo. Mas, afinal, o que é inteligência emocional?
Goleman afirma que se trata da capacidade que uma pessoa tem de gerenciar as suas emoções, ou seja, ser capaz de reconhecer e controlar o que sente para que suas emoções não interfiram negativamente na sua vida. Além disso, o escritor, psicólogo e PhD da Universidade de Harvard criou um modelo de inteligência emocional baseado em 5 pilares:
A seguir, aprofunde-se um pouco mais em cada um destes pilares:
Estamos falando sobre ter consciência sobre o que você está sentindo quando surgem as emoções, ou seja, ser capaz de reconhecê-las.
Além de reconhecer as suas emoções, é importante ser conseguir controlá-las. Em momentos de muita raiva, tristeza ou medo, é importante entender o que você está sentido e assumir o controle para não ser completamente dominado pelas emoções.
Trata-se da capacidade de se manter motivado, de não desistir diante das dificuldades, mesmo quando elas parecem impossíveis de serem ultrapassadas. A automotivação está associada a não desistir, ou seja, continuar lutando e tentando.
A empatia também é um conceito sobre o qual se fala muito hoje em dia, mas nem todo mundo entende o seu real significado. Está relacionado a se colocar no lugar do outro e ser capaz de compreender o que ele está sentindo.
O último pilar diz respeito à criação de relacionamentos saudáveis com as pessoas ao seu redor. As habilidades interpessoais são facilitam as conexões com as pessoas e, assim, tornam a vida mais leve e positiva.
Agora que você já entendeu o que é inteligência emocional, vamos colocar a lente no ambiente de trabalho e aprofundar na importância desta habilidade para as empresas.
Vivemos em um contexto repleto de mudanças, crises e pressões constantes, não é mesmo? E tudo isso gera consequências, ou seja, adversidades, inseguranças, discussões e desentendimentos, que levam as emoções à flor da pele.
Uma pessoa com baixos níveis de inteligência emocional tem mais dificuldade para lidar com os altos e baixos que marcam um dia a dia de trabalho. É impossível ter um emprego que seja completamente sereno e tranquilo o tempo todo. As tempestades e crises sempre chegam.
E, nesses momentos, quem não consegue reconhecer e controlar as suas emoções, se colocar no lugar do outro e se manter motivado, sai muito mais prejudicado e machucado.
Portanto, uma empresa que não conta com colaboradores com inteligência emocional não atingirá os resultados esperados com tanta facilidade, pois estes profissionais não estarão preparados da melhor forma para lidar com as adversidades, poderão explodir por qualquer coisa, além de não conseguirem construir relações saudáveis no ambiente de trabalho.
Dessa forma, fica claro que não é apenas o funcionário que sai perdendo quando não desenvolve a sua inteligência emocional. A própria empresa também paga o preço e sai prejudicada, até mesmo financeiramente.
A boa notícia é que todo mundo pode desenvolver a inteligência emocional, mas para isso é preciso se esforçar, pois se trata de uma habilidade muito conectada ao autoconhecimento. Além disso, nem sempre você vai conseguir se desenvolver sozinho, ou seja, em muitos casos é preciso ter o suporte de um especialista que irá direcionar os melhores caminhos.
No ambiente de trabalho, existem pequenas coisas que podem ser feitas no dia a dia, por exemplo:
O ponto aqui é: escute antes de falar. Preste atenção de verdade no que o outro está comunicando e repare não somente nas palavras, mas nos sinais não verbais também. É muito importante demonstrar respeito em relação à fala das pessoas, mesmo que você não concorde com o que está sendo dito.
Algumas pessoas são mais “esquentadas” do que outras e precisam se controlar em momentos de conflitos. No ambiente de trabalho é preciso ser bem cuidadoso quando surgem desentendimentos e discussões. Respeito e calma em primeiro lugar, afinal, não é bom para ninguém que se crie uma gritaria desnecessária.
Em momentos de conflito, o ideal é procurar não reagir logo de cara, ou seja, baseado apenas nas emoções. Escute o outro, reflita, reconheça o que está sentindo e, então, tente dialogar de maneira civilizada e respeitosa.
Se estiver com dificuldades para lidar com o conflito no momento que ele acontece, pode ser interessante pedir para todos se acalmarem e voltarem a conversar em outro momento, quando os ânimos estiverem mais calmos.
Muitas coisas podem desencadear o estresse agudo e a ansiedade no ambiente de trabalho. Quando uma pessoa é capaz de identificar esses gatilhos, pode aprender a evitá-los ou reduzir o seu poder de influência.
Outro ponto a ser melhor monitorado no dia a dia profissional é a questão das críticas, que podem ou não ser embasadas e construtivas. Nem sempre as pessoas farão uma crítica da maneira mais agradável e cuidadosa possível e, nesses casos, é preciso estar preparado e não reagir agressivamente.
O ideal, como sempre, é escutar com respeito e buscar um diálogo maduro. Caso não seja possível, pedir um tempo para refletir e continuar a conversa depois é sempre um caminho seguro também.
Gerenciar pessoas e um negócio em momentos de crise é um enorme desafio e a inteligência emocional pode ser uma grande aliada nessas horas. Basta pensar em um cenário muito recente, causado pela pandemia do novo coronavírus, e em como muitos líderes precisaram gerir uma crise que trouxe tantas mudanças de uma hora para a outra.
Afinal, qual é o papel e a importância da inteligência emocional em contextos como esse?
Bom, para começo de conversa, qualquer cenário de crise pode trazer imprevisibilidade, adversidades e inseguranças. Como consequência, as pessoas precisam agir rápido, com flexibilidade e a capacidade de pensar fora da caixa para chegar a soluções inovadoras e eficientes.
Ao mesmo tempo, toda crise gera frustrações e, ao mesmo tempo, desencadeia quadros emocionais, como estresse e ansiedade. Assim, as emoções ficam muito afloradas e é preciso trabalhar constantemente para que as decisões não sejam feitas baseadas apenas no que se está sentindo.
Um líder que está gerindo uma crise precisa manter a cabeça no lugar e ser capaz de dominar as emoções para não se permitir ser dominado por elas. Afinal, decisões pautadas apenas no calor da emoção podem não trazer resultados tão bons assim para a empresa.
Aqueles que têm uma inteligência emocional mais desenvolvida conseguem encarar melhor cenários de crise, pois tem maior controle sobre as emoções e lidam melhor com as adversidades, se mantendo automotivados. Além disso, são pessoas com bons relacionamentos interpessoais, o que também é essencial porque todo momento de crise exige trabalho em equipe.
Nem sempre é o conhecimento técnico, ou seja, as hard skills que serão um grande diferencial em um momento de crise. É claro que tais habilidades são importantes, mas nessas horas o que pode acabar pesando mais na balança são as soft skills, ou seja, as habilidades comportamentais.
Algumas das mais requisitadas para momentos de gestão de crise, além da inteligência emocional, são:
Se quiser saber mais sobre soft skills e como desenvolvê-las, temos um e-book completo com tudo sobre o assunto, e você pode baixar agora: Soft skills: conheça as habilidades do futuro. Confira e aprenda mais a respeito das tão requisitadas habilidades do futuro.
Falamos muito sobre inteligência emocional, como esta habilidade é importante e pode ser desenvolvida no ambiente de trabalho. Mas qual é o papel das empresas neste contexto? O que as organizações podem fazer para alavancar a inteligência emocional de seus colaboradores? Afinal, elas também têm bastante interesse em tudo isso!
Como já citado ao longo do artigo, a inteligência emocional está muito atrelada ao autoconhecimento e este, por sua vez, pode ser trabalhado na psicoterapia. Junto de um psicólogo, ao longo das sessões, a pessoa investiga a sua forma de ser e viver a vida, aprendendo a reconhecer os gatilhos das suas emoções, entendendo como reconhecê-las e controlá-las. Tudo isso é benéfico tanto para a vida pessoal como profissional.
E vale pontuar que, segundo o livro “Inteligência emocional 2.0”, 58% da performance das pessoas no trabalho depende da inteligência emocional. Isso significa que as empresas não podem mais ter um olhar voltado apenas para as habilidades técnicas, pois elas não são o suficiente para garantir o desempenho dos colaboradores. Imagine só então em um momento de crise como essa habilidade não se torna ainda mais importante!
Depois de ler este artigo não deve restar mais nenhuma dúvida sobre como a inteligência emocional é importante em qualquer contexto no dia a dia de uma empresa. Para dar e receber feedbacks; lidar com críticas; enfrentar reuniões desafiadoras; mediar conflitos.
São inúmeras as situações em que uma pessoa com inteligência emocional pode ter resultados melhores do que aquela que não consegue lidar com as suas emoções. Por isso, é tão importante que toda empresa assuma a sua responsabilidade e contribua para o desenvolvimento desta habilidade em seus colaboradores.
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